Reportagem sobre mutirão no bairro São Pedro, em Vitória - ES, onde moradores dedicaram algumas horas do seu dia para restaurar duas áreas de lazer desta localidade. A mobilização para esta ação foi realizada em iniciativa conjunta com o "Programa Conjunto: Segurança com
Cidadania", da Organização das Nações Unidas (ONU) / Unesco.
Apesar de importante, como ressaltado no trecho sublinhado abaixo na reportagem que reforça que este tipo de ação reforça o sentimento de pertencimento e valorização do espaço, não devemos perder de vista e deixar em segundo plano que a mobilização dos moradores da região (tão explorados durante a semana e recebendo salários bem abaixo do lucro que geram ao patronado) ocorre com a exploração de sua mão de obra no momento que deveria ser destinado ao seu "descanso" e de forma não remunerada, desta maneira não se pode deixar de se ressaltar o dever do Estado em garantir tais reformas e que sejam pagas com recursos advindos de impostos pagos por este trabalhador comum e os demais.
Enquanto isso milhões de reais são gastos no Brasil com a construção de mega-arenas esportivas... para quem utilizar?
A questão colocada é: não devemos esperar somente do Estado, ok. Mas é preciso atuar efetivamente na cobrança pelo correto destino dos recursos públicos, algo que já garantimos em lei mas que ainda é preciso colocar em prática...
fonte: gazetaonline / cbn vitória - 26/05 - 14h43
Moradores se unem em mutirão para recuperar áreas de lazer em Vitória
Enquanto muitas pessoas ainda acordavam, moradores da região da Grande
São Pedro já estavam, literalmente, com a mão na massa e nas tintas,
dispostos a darem um novo visual aos dois únicos locais de lazer na
comunidade onde vivem. Cerca de 50 moradores se dividiram em equipes,
logo na manhã desta sábado (26), e realizaram a recuperação de duas
praças localizadas na região de Santos Reis, a Fruta Pão e Cieduca.
O portuário Darlim Miranda, 49 anos, foi escolhido o líder do grupo responsável pela recuperação da reforma da Praça Fruta Pão. Morador da região há 15 anos, ele não se incomodou em trocar o dia de descanso por condições apropriadas de divertimento para as crianças da comunidade.
O desafio dele e de sua equipe, neste fim de semana, é consertar balanços e construir um parquinho, com direito até a uma casa de boneca e um pequeno jardim. "Você já viu as condições dessa quadra aí. Tem condições de uma criança brincar ali? A gente pede pra Prefeitura e fingem que não estão nem aí. Parece que São Pedro IV não existe para eles. Então, estamos aqui lutando para mostrar que os moradores se reúnem... vamos dar conta disso aqui até amanhã", garantiu.
O portuário Darlim Miranda, 49 anos, foi escolhido o líder do grupo responsável pela recuperação da reforma da Praça Fruta Pão. Morador da região há 15 anos, ele não se incomodou em trocar o dia de descanso por condições apropriadas de divertimento para as crianças da comunidade.
O desafio dele e de sua equipe, neste fim de semana, é consertar balanços e construir um parquinho, com direito até a uma casa de boneca e um pequeno jardim. "Você já viu as condições dessa quadra aí. Tem condições de uma criança brincar ali? A gente pede pra Prefeitura e fingem que não estão nem aí. Parece que São Pedro IV não existe para eles. Então, estamos aqui lutando para mostrar que os moradores se reúnem... vamos dar conta disso aqui até amanhã", garantiu.
A atividade faz parte de uma ação do "Programa Conjunto: Segurança com
Cidadania", da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado pela
Unesco.
Para Marialina Antolini, comunicadora do Programa Conjunto, as reformas vão muito além da transferência de responsabilidade de um serviço que deveria ser do poder público. Elas criam um sentimento de pertencimento nos membros da comunidade e, por isso, mudam a relação entre eles e com o espaço.
"A gente quer que, com elas colocando a mão na massa, vindo no sábado e no domingo, trabalhando, criem o sentimento de pertencimento. O que é público é de todos, e todos temos que cuidar. É isso que a gente quer que a comunidade desperte dentro dela, que pertence a ela, a todos eles, e eles têm que cuidar", disse.
Para Marialina Antolini, comunicadora do Programa Conjunto, as reformas vão muito além da transferência de responsabilidade de um serviço que deveria ser do poder público. Elas criam um sentimento de pertencimento nos membros da comunidade e, por isso, mudam a relação entre eles e com o espaço.
"A gente quer que, com elas colocando a mão na massa, vindo no sábado e no domingo, trabalhando, criem o sentimento de pertencimento. O que é público é de todos, e todos temos que cuidar. É isso que a gente quer que a comunidade desperte dentro dela, que pertence a ela, a todos eles, e eles têm que cuidar", disse.
Continua aqui...
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/05/noticias/cbn_vitoria/reportagem/1251019-moradores-se-unem-em-mutirao-para-recuperar-areas-de-lazer-em-vitoria.html (incluindo fotos)
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