segunda-feira, 25 de junho de 2012

A disputa por terras no entorno do aeroporto de Vitória-ES

A disputa por terras no entorno do Aeroporto de Vitória ainda está bem viva, como podemos observar em recentes matérias jornalísticas. Muitos se dizem proprietários das terras e, por isso, alegam diretos a indenização, em áreas já ocupadas, seja por prédios ou pelo aeroporto. O interessante nessa disputa é um elemento que se coloca decisivo nessa disputa: o mercado imobiliário. Essa polêmica toda e os possíveis casos de grilagem urbana podem gerar instabilidade no mercado, afirmam os especialistas! Outros casos de grilagem urbana, como há denuncias nos municípios da Grande Vitória, não são analisados e não ganham a visibilidade como esse caso. Será por quê?


Todos querem a terra de R$ 1 bilhão

Área do aeroporto é alvo de disputas judiciais há 66 anos

24/06/2012 - 20h56 - Atualizado em 24/06/2012 - 20h56


A mais antiga briga por terras no Estado tem 66 anos e sua indenização pode ultrapassar R$ 1 bilhão. Tratam-se das áreas que hoje abrigam o Aeroporto de Vitória. Mas nem mesmo a identificação dos antigos proprietários pela União, que desapropriou a área, livrou o processo do assédio de pessoas que se intitulam donos da terra.


Para garantir um pedaço da indenização bilionária, os golpistas lançam mão de falsificações de documentos, fraudes e até de milagres como o da transformação de um pequeno pedaço de terra em milhões de metros quadrados, como denuncia Daniela Pimenta, advogada que cuida do caso.


Casos
No Estado há dezenas de casos como este, que contam com a  colaboração de órgãos oficiais, cartórios, imobiliárias e até tribunais. Um esquema de roubo de terra – a grilagem urbana – cuja consequência mais grave cai sobre as milhares de pessoas que correm o risco de perder as escrituras de seus imóveis, apesar de já registrados em cartórios. Situações reveladas em reportagem publicada na edição deste domingo (24) de  A GAZETA.
Donos
A identificação de quem são os donos da área do Aeroporto foi feita pela União em 1944 e publicada no decreto de desapropriação. A lista é encabeçada por Rômulo Castelo, tio-avô de Daniela Pimenta. “Há até planta identificando o pedaço de cada um”, destaca.


A família dela, bem como os demais herdeiros que ela representa, nunca receberam a indenização. A União propôs pagar R$ 185 milhões, mas com as correções dos últimos 66 anos o montante pode ultrapassar R$ 1 bilhão.

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