quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Minha Casa, Minha Vida: Potencializando a valorização (especulação) fundiária

Inicialmente, o limite de financiamento do MCMV para os maiores municípios da RMGV era de R$ 100 mil, depois esse valor foi para R$ 130 mil. E agora já chegou a R$ 145 mil! Na capital, Vitória, o valor do financiamento chega R$ 170 mil. Estudos já vem comprovando que o programa do governo em vez de resolver o problema habitacional, ou pelo menos amenizá-lo, tem reforçado a valorização fundiária, o que encarece o preço final da habitação. O poder público em vez de atacar a especulação fundiária/imobiliária, ao elevar o limite financiado reforça a principal causa do déficit habitacional no país. E o absurdo maior é que os nossos impostos são convertidos diretamente em ganhos privados, por meio dos subsídios. Leia a matéria abaixo sobre essa questão no Espírito Santo: 

Limite de preço do Minha Casa Minha Vida passa para R$ 145 mil no Espírito Santo


Lúcia Gonçalves


O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) reajustou os valores máximos para imóveis adquiridas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, de acordo com as cinco classificações de municípios e regiões metropolitanas por número de habitantes.

O teto passou para R$ 190 mil no Distrito Federal, São Paulo e do Rio de Janeiro. Os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, que tinham teto de financiamento de R$ 150 mil, passam agora para R$ 170 mil; de 250 mil pessoas em diante, de R$ 130 mil para R$ 145 mil; com população acima de 50 mil habitantes, o teto passa de R$ 100 mil para 115 mil; e nos demais municípios, o valor máximo aumenta de R$ 80 mil para R$ 90 mil.


O Conselho Curador do FGTS também reajustou, de R$ 23 mil para R$ 25 mil, o valor dos subsídios para as famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil – faixa de rendimento mais baixa do Minha Casa, Minha Vida. A partir daí, o subsídio cai gradualmente, conforme a renda.



O valor do subsídio foi atualizado em 13% calculado com base no reajuste do INCC de agosto, para reposição da inflação e maior rentabilidade dos imóveis. Já o valor máximo dos imóveis subiu levando em conta o preço de mercado, segundo o Ministério do Trabalho.

Houve pequenas correções também nas três faixas posteriores de renda, consideradas pelo programa. A segunda faixa, que ia de R$ 1.600,01 a R$ 2,325 mil passa para R$ 2,455; a terceira faixa de ganhos, até R$ 3,1 mil, sobe para R$ 3,275 mil; e o teto da quarta faixa continua em R$ 5 mil.
As taxas de juros ao ano permanecem as mesmas, de 5% e 6% para as duas primeiras faixas. Na terceira faixa houve uma ligeira redução, com queda de 8,16% para 7,16%.
Nas transações no âmbito do FGTS, a renda familiar pode chegar a R$ 5.4 mil. Porém, a taxa permanece em 8,16% para rendas superiores a R$ 5 mil.
Hoje, em torno de 60% dos imóveis em construção na Grande Vitória, segundo dados do Censo do Sinduscon-ES se ajustam ao programa Minha Casa, Minha Vida. E muitos projetos que estavam fora do programa agora poderão ser retomados pelas construtoras, principalmente em Serra e Vila Velha.
Fonte: http://migre.me/b6IVx

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