quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mais uma desocupação em Serra-ES: Mais uma vitória da propriedade privada frente ao direito à moradia

Ontem pela manhã, a Tropa de Choque da Polícia Militar, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, cumpriu ordem de desocupação de um terreno no Bairro Jardim Carapina, Serra-ES, nas margens da Rodovia do Contorno (BR 101). Foram despejadas mais de 500 famílias. Mais uma vez o Estado cumpriu o papel subalterno de proteger a propriedade privada. Enquanto o direito à propriedade privada é garantido aos donos do terreno, o Estado, por outro lado, não garante a população mais pobre o direito à moradia. Em matéria de um telejornal, um dos ocupantes disse: "voltarei a ocupar o terreno. Não aguento pagar R$ 400,00 de aluguel!" 
Em nenhum momento, a grande mídia questiona a função social da propriedade. Assim como a justiça, a mídia culpabiliza os que lutam por direito, enquanto faz silêncio perante a prática da especulação imobiliária. Quem realmente está errado: famílias pobres que não aguentam pagar aluguel ou meia dúzia de proprietários de terras que não cumprem a função social da propriedade (ou seja, antes de qualquer coisa, a terra urbana deve ter uma função social, isto é, ser ocupada, servir para a moradia ou outro uso de caráter socioeconômico, conforme prevê a Constituição Federal).
Na cidade de São Paulo também foi dia de desocupação e de violência por parte do Estado: 

http://cbn.globoradio.globo.com/sao-paulo/2014/09/16/TROPA-DE-CHOQUE-CHEGA-A-LOCAL-DE-DESOCUPACAO-NO-CENTRO-DE-SP.htm

Mais de 100 policiais cumprem mandado de desocupação de terreno na Rodovia do Contorno
      
16/09/2014 - 08h14 - Atualizado em 16/09/2014 - 17h16

Desde a última semana, o local foi ocupado por centenas de famílias

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Mais de 100 policiais militares estiveram no bairro Jardim Carapina, na Serra, na manhã desta terça-feira (16) para o cumprimento de uma ordem de desocupação de um terreno às margens da Rodovia do Contorno. Desde a última semana o local foi ocupado por centenas de famílias. 
Elas pretendiam erguer construções e morar neste terreno. A área foi dividida em lotes de 240 metros quadrados cada. As famílias queriam fundar um bairro no local.

Leia matéria na íntegra: http://migre.me/lI0wR

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