Os protestos de moradores dos
bairros populares por causa de mortes causados por ações policiais tem se tornado
cada vez mais comum no Espírito Santo e no Brasil, como um todo. A polícia
normalmente alega que tais mortes são ocasionadas pela troca de tiros com “bandidos”.
Por outro lado, a população alega que os Agentes da Segurança Pública agem de forma
truculenta e irresponsável nesses bairros.
Caso do jovem Hearles, morto pela
PM, em Jardim Carapina (Serra) no final do ano passado.
Versão da polícia: “Os militares
teriam solicitado para que os amigos parassem, ordem que não foi obedecida
pelos dois jovens. A PM afirmou que Hearlei e o amigo sacaram armas e atiraram
contra os policiais, que revidaram os tiros.”
Versão da população: “Ele se
assustou quando viu a viatura e os militares atiraram. Ele caiu da bicicleta, e
ainda no chão, os PMs atiraram. Só pararam porque o pessoal que estava no culto
da igreja saiu e viu a cena”, disse um primo de Hearles, que não quer ser
identificado.
Esses fatos recentes de violência
policial não é novidade alguma. Historicamente os bairros periféricos são
tratados como “caso de polícia” em vez de serem alvos de políticas públicas nas
áreas de saúde, educação e emprego. No entanto, esses protestos revelam que a
população tem tomado consciência de seus direitos e lutando por eles. A instituição
PM requer uma reforma urgente.
Matéria sobre o caso de Jardim
Carapina: http://migre.me/hWW61
Outros casos pelo Brasil e ES:
http://migre.me/hWWtE
http://migre.me/hWWqF
http://migre.me/hWWmV
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