Indicadores Sociais Municipais 2010: incidência de pobreza é maior nos municípios de porte médio
Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram que a desigualdade de renda ainda é bastante acentuada no Brasil, apesar da tendência de redução observada nos últimos anos. Embora a média nacional de rendimento domiciliar per capita fosse de R$ 668 em 2010, 25% da população recebiam até R$ 188 e metade dos brasileiros recebia até R$ 375, menos do que o salário mínimo naquele ano (R$ 510).
Em 2010, a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes), independentemente do indicador de pobreza monetária analisado. Enquanto a proporção média de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita naquele ano era de 6,3%, nos municípios com 10 mil a 20 mil habitantes, essa proporção era duas vezes maior.
O restante da matéria:
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2019&id_pagina=1
Um texto de divulgação do Censo 2010 sobre alguns dados acerca de indicadores como analfabetismo, saneamento básico, renda etc. É interessante observar que os resultados divulgados ressaltam que os indicadores de pobreza nos municípios de porte médio (para o IBGE, com população entre 10 e 50 mil habitantes) são mais elevados, se compararmos com as aglomerações maiores. Evidentemente, esses resultados têm limites se levarmos em conta o que é uma cidade desse porte no estado de São Paulo ou Rio de Janeiro, no Espírito Santo ou no Amazonas, porém, de qualquer maneira as informações são relevantes para pensarmos o fenômeno urbano e as políticas de planejamento.
Quais são os rebatimentos de tais informações para a dinâmica socioeconômica do Espírito Santo? Vai na direção da proposta de descentralização e interiorização do desenvolvimento apregoado pelo Governo Estadual no ES 2025? E essa proposta de desenvolvimento irá atacar de fato a pobreza?
Postado por Thalismar